Animais de estimação como membros da família

Editorial 17 de julho de 2025, edição nº 330

Laços afetivos e emocionais com os pets, que vão além da simples relação de posse ou guarda, revelam uma nova configuração familiar: a família multiespécie. Nela, os animais de estimação são vistos como membros afetivos do lar, com espaço legítimo nas dinâmicas de cuidado, afeto e responsabilidade.

Esse vínculo tem provocado adaptações no entendimento jurídico. A percepção da natureza dos pets, deixando de tratá-los como “bens móveis” e reconhecendo-os como seres sencientes, reflete-se cada vez mais nas decisões legais, como nos casos de guarda compartilhada e pensão alimentícia envolvendo animais.

O zelo e a inclusão afetiva dos pets no núcleo familiar têm gerado impactos que vão além da companhia. Estudos apontam efeitos positivos na saúde emocional, com destaque para o estímulo à produção de ocitocina (o chamado hormônio do amor), promovendo bem-estar coletivo e fortalecendo os laços afetivos.

Por outro lado, o contraste entre os benefícios da convivência com pets e o número crescente de animais abandonados convida à reflexão: a adoção responsável não é apenas uma escolha afetiva, mas uma atitude digna e transformadora, tanto para o animal quanto para a estrutura familiar.

Em tempos em que a empatia humana parece escassa, praticar a empatia com os animais pode ser o primeiro passo. Um gesto simples que representa compromisso com o cuidado, a união e a saúde da família.

Paulo Leandro Rodrigues

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