VACINAÇÃO INFANTIL E OS QUESTIONAMENTOS SOBRE A OBRIGATORIEDADE

Vídeo publicado nas redes sociais (facebook e instagram), onde uma médica afirma que a vacina contra covid-19 causa os seguintes efeitos colaterais graves em crianças: morte súbita, infarto, problemas neurológicos, catatonias musculares, crises convulsivas, miocardite e pericardite; aliado às desinformações causadas pelas “fake news”, tem gerado dúvidas e incertezas na população.

Esta situação não é novidade, e sim recorrente desde 2018, tanto  no Brasil quanto nos EUA, quando tivemos um aumento significativo nos casos de sarampo, em ambos os países. Se tiver interesse, pode voltar mais no tempo e pesquisar por “A Revolta da Vacina”, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, em 1905, devido ao motim popular contra a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola.

OPAS (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE) E OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE), ESCLARECEM AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:

Como as vacinas de mRNA funcionam?  Elas são novas?

As vacinas de RNA mensageiro (mRNA) ensinam nossas células a produzir uma proteína que desencadeará uma resposta imunológica em nossos corpos. Como todas as vacinas, as vacinas de mRNA beneficiam as pessoas, dando-lhes proteção contra doenças como a COVID-19, sem correr o risco das consequências potencialmente graves de ficar doente. A tecnologia das vacinas de mRNA é nova, mas não desconhecida. Os pesquisadores vêm estudando e trabalhando com elas há décadas para outras doenças, como a gripe e a zika.

Por que algumas pessoas vacinadas ainda ficam doentes?

As vacinas contra a COVID-19 são muito eficazes e deram uma contribuição importante para limitar a transmissão do vírus SARS-CoV-2 em todo o mundo. Entretanto, nenhuma vacina é 100% eficaz na prevenção da doença. Sempre haverá uma pequena porcentagem de pessoas totalmente vacinadas que ainda ficarão doentes. Entretanto, os sintomas geralmente são leves ou ausentes nas pessoas vacinadas que são infectadas.

Além disso, a proteção total da vacina começa 14 dias após a administração da segunda dose da vacina. Uma pessoa pode, então, contrair a SARS-COV-2 imediatamente antes ou logo após receber a vacina contra a COVID-19 e, portanto, não estará totalmente protegida apesar da vacinação durante esse período.

As vacinas contra as variantes do vírus são eficazes?

As vacinas contra a COVID-19 recomendadas pela OMS são altamente eficazes na prevenção de doenças graves, hospitalização e morte contra todas as cepas do vírus SARS-CoV-2 (ou seja, o vírus que causa a COVID-19), incluindo a variante omicron e suas sub-linhagens. Além disso, as vacinas são altamente eficazes na redução da transmissão do vírus, embora possam não impedir completamente a infecção.

Por meio de redes globais de laboratórios, a evolução do vírus SARS-CoV-2 continua a ser monitorada para identificar rapidamente o surgimento de novas variantes. A OMS está em estreita comunicação com pesquisadores, autoridades de saúde e cientistas sobre como essas variantes podem afetar as propriedades das vacinas.

Por quanto tempo dura a imunidade fornecida pela vacina contra a COVID-19?

Os dados disponíveis sugerem que a maioria das pessoas que recebem uma série primária da vacina contra a COVID-19 (ou seja, duas doses para a maioria das vacinas) desenvolve uma resposta imunológica que proporciona de 6 a 12 meses de proteção contra a reinfecção. Para obter mais informações sobre as recomendações do SAGE sobre dosagem e reforços, consulte a atualização das recomendações da OMS sobre a vacinação contra a COVID-19.

Saiba mais em:

Nota Técnica nº 118/2023-CGICI/DPNI/SVSA/MS — Ministério da Saúde (www.gov.br)

Perguntas frequentes: vacinas contra a COVID-19 – OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde (paho.org)

Vacinas não causam infarto e morte súbita em crianças, ao contrário do que diz médica – Estadão (estadao.com.br)

Estamos vivendo uma nova revolta da vacina? – Estado de Minas

9 perguntas e respostas sobre as vacinas contra a COVID-19 – MSF Brasil

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