TURISMO DE BEM-ESTAR E AUTOCONHECIMENTO

O turismo de bem-estar surgiu recentemente, em 2013, quando o Global Wellness Institute (GWI) publicou seu primeiro estudo mundial sobre o segmento. Segundo o ranking da instituição, o Brasil ocupa hoje o 23.º melhor destino internacional para quem busca experiências imersivas de autoconhecimento.

Michelle Andreazza, CEO da Amo estar bem, primeiro portal especializado em turismo de bem-estar do Brasil, explica que a modalidade se diferencia um pouco do turismo de saúde, o que pode confundir algumas pessoas na hora de escolher a hospedagem. Oferecer opções como SPA ou atendimentos de cuidado não significam que esses espaços tragam experiências de autoconhecimento, por exemplo.

“O turismo de bem-estar entra com foco em viagens em que a missão é buscar o equilíbrio do corpo e da mente”, explica Michelle. Para começar sua jornada pelo setor, que começou em 2018, ela realizou uma pesquisa de mercado com mais de 200 turistas.

A partir disso, constatou que, entre os motivos que os levavam a procurar uma viagem com foco em bem-estar, os principais eram equilibrar a saúde física e mental e renovar as energias da alma. Além disso, buscavam desestressar, ter atividades ao ar livre e conexão com a cultura local. 

“Há excelentes opções de turismo de bem-estar no Brasil e para todos os gostos e bolsos, de resorts à campings”, explica Michelle. “O desafio é identificar, entre as centenas de ofertas disponíveis em cada região, quais de fato promovem autoconhecimento e despertam um olhar para um estilo de vida mais saudável e harmonioso.” 

Princípios que unem bem-estar e autoconhecimento

Experiências imersivas, vivências espirituais ou culturais, alimentação ecológica, e respeito ao planeta são alguns dos valores prezados pelo turismo de bem-estar. O Ecolodge, por exemplo, é uma categoria que enquadra hospedagens e retiros que atuam respeitando ao máximo o habitat onde estão localizadas, desde suas construções, com materiais que impactem o mínimo possível o meio ambiente, assim como a conservação da flora e fauna local.

Michelle lembra que algumas marcas da sociedade hoje são a Síndrome de Burnout, falta de foco, problemas nos relacionamentos, solidão e dificuldades com a performance profissional.

“O agravamento disso nos últimos anos fizeram  o bem-estar se tornar uma necessidade e não mais só uma questão de relaxamento. É uma questão de cuidado com a saúde”, conclui a especialista

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