Conforme relatos da PRF, três trabalhadores procuraram os agentes policiais na Unidade Operacional da instituição de Caxias do Sul e informaram que tinham acabado de fugir de um alojamento em que eram mantidos contra a vontade própria. Após a denúncia, as equipes foram até o local indicado e os auditores do ministério constataram que havia em torno de 150 homens em situação análoga à escravidão.
Os trabalhadores não eram diretamente ligados às vinícolas, mas recrutados pela empresa terceirizada Oliveira & Santana, relataram à polícia as diversas situações que passavam, tais como atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, assédio moral, longas jornadas de trabalho e alimentos estragados. Esses homens, a maioria da Bahia, eram selecionados nos Estados de origem para trabalhar no Rio Grande do Sul. Ao chegar, encontraram uma situação diferente das prometidas pelos recrutadores.
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Os trabalhadores foram acolhidos pela prefeitura de Bento Gonçalves no ginásio municipal Darcy Pozza, onde recebem abrigo, local para dormir, acesso à higiene, alimentação e assistência médica. “Assim que fomos informados da ação, nos colocamos à inteira disposição das autoridades para ajudar no que for possível. Nós, enquanto administração, estamos honrando a trajetória de nossa cidade e cuidando do atendimento, da alimentação e da saúde dos trabalhadores resgatados, enquanto as forças federais se ocupam do trabalho de investigação”, disse o prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira .