Segundo análise do governo federal, mais de 1,9 mil municípios são mais suscetíveis a desastres relacionados ao clima, como inundações, deslizamentos de terra e enxurradas.
Um estudo recente conduzido pelo governo federal evidenciou a vulnerabilidade de boa parte dos municípios brasileiros a eventos climáticos extremos. De acordo com o levantamento, 1.942 municípios do país, mais de 1/3 do total, possuem áreas habitadas consideradas suscetíveis a desastres como deslizamentos, enxurradas e inundações.
Coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, a análise foi feita ao longo do último ano para apoiar o planejamento da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O estudo contou com o envolvimento dos ministérios de Meio Ambiente, Cidades, Minas e Energia e Integração, entre outros.
O número de municípios apontado no levantamento recente representa um aumento de quase 140% em relação a uma análise anterior, de 2012, que listava apenas 821 municípios como suscetíveis a desastres relacionados ao clima.
Os municípios que figuram nessa relação possuem reúnem a maior parte da população brasileira (150 milhões dos 203 milhões de habitantes do país). O contingente de pessoas que vivem em áreas de risco geo-hidrológico é de quase 9 milhões.
As regiões Sudeste e Nordeste contam com o maior número de municípios com áreas de risco. Minas Gerais lidera a lista nacional, com 283 municípios; já São Paulo tem a maior população exposta a esse risco, com cerca de 1,55 milhão de pessoas.
A análise não considera os eventos climáticos ocorridos em 2023, como as chuvas históricas que caíram no litoral norte de São Paulo, em Petrópolis (RJ), na região metropolitana de Florianópolis (SC) e no norte do Rio Grande do Sul.
“Diante dos desastres ocorridos que causaram tantas perdas humanas, desabrigados e desalojados, além de incontáveis danos materiais e de degradação do meio ambiente, é fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz a nota técnica do governo.
Fonte: Climainfo