Por: Mayara Leite – Redatora Seo On
Florianópolis – Informações apuradas nas investigações sobre a morte do menino Moisés Falk da Silva, de apenas 5 anos, em Florianópolis, indicam que a criança foi vítima de espancamento. A morte, ocorrida no último dia 17 de agosto, resultou de hemorragia provocada por traumatismo, reforçando a suspeita de maus-tratos que levou à prisão em flagrante da mãe e do padrasto.
Atendimento médico e sinais de violência
Moisés foi levado desacordado para a UPA do MultiHospital, no Sul da Ilha, onde médicos tentaram reanimá-lo por quase uma hora. Ele apresentava marcas de mordidas no rosto e hematomas no tórax e nas costas. O óbito foi confirmado às 14h24 do domingo (17).
Segundo a investigação, o menino vivia com a mãe e o padrasto no bairro Tapera. O padrasto, Richard da Rosa Rodrigues, de 23 anos, é apontado como principal suspeito das agressões, enquanto a mãe, que estava grávida, foi presa em flagrante, mas liberada após audiência de custódia. A prisão de Richard foi convertida em preventiva.
Histórico de maus-tratos
Não era a primeira vez que Moisés apresentava sinais de violência. Em maio deste ano, ele foi atendido no Hospital Infantil Joana de Gusmão com manchas roxas no rosto, orelhas, abdômen e lábios. Na ocasião, o padrasto alegou que o menino teria caído da cama, mas os ferimentos foram considerados sugestivos de maus-tratos. O hospital notificou os órgãos competentes e a Polícia Civil abriu inquérito para investigação.
Defesas e andamento do caso
O caso segue em segredo de justiça. A defesa da mãe afirma que ela responde por omissão imprópria, não por ação direta contra o filho, e declarou confiança de que a verdade será esclarecida durante o processo. Até o momento, a defesa de Richard não se manifestou.
Moisés era autista não verbal e tinha apenas cinco anos. O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades e pela imprensa, que monitoram os desdobramentos da investigação.
Fonte: Polícia Civil