É isso que acontece com o seu filho quando ele vê os pais brigando, segundo a psicologia

pais brigando
Por: Mayara Leite – Redatora Seo On

Saúde – Crescer em um ambiente marcado por discussões frequentes pode impactar profundamente o desenvolvimento emocional das crianças. Mesmo quando ainda não compreendem o conteúdo das brigas, elas sentem a tensão e registram o conflito como uma ameaça à sua segurança.

Como as crianças percebem os conflitos

De acordo com a psicóloga Denise Barrozo, até mesmo os bebês conseguem captar o tom de voz, as expressões faciais e a energia emocional dos cuidadores. A partir de cerca de um ano de idade, já é possível observar reações como choro, retraimento ou agitação quando há discussões entre os pais.

Essa percepção precoce demonstra que, mesmo sem entender as palavras, a criança sente a instabilidade do ambiente e pode associar isso a medo, insegurança e tristeza.

Consequências emocionais e comportamentais

Entre os efeitos mais comuns das brigas constantes estão ansiedade, dificuldade de socialização, distúrbios do sono, agressividade e até sintomas físicos, como dores de cabeça ou estômago. Em muitos casos, o impacto se estende para a vida escolar, com problemas de concentração, queda no rendimento e dificuldades de convivência.

Outro fator delicado é a tendência da criança a se culpar pelo conflito. Algumas acreditam ser a causa das brigas e assumem, de forma inconsciente, responsabilidades que não deveriam carregar, como tentar mediar as discussões ou “unir” os pais. Esse peso emocional pode influenciar negativamente sua forma de se relacionar no futuro.

O que fazer após uma briga na frente dos filhos

Especialistas recomendam que, após uma discussão, os pais conversem com a criança assim que estiverem mais calmos. Fingir que nada aconteceu só aumenta a confusão. É importante validar os sentimentos dela, explicar que os adultos às vezes discordam, mas que isso não muda o amor e o cuidado que ela recebe.

Gestos de reconciliação entre os pais, como um pedido de desculpas, também ajudam a restaurar a sensação de segurança. Frases simples como “você não tem culpa pelo que aconteceu” reforçam que ela não é responsável pelos conflitos.

Como reforçar a segurança emocional

Manter a rotina estável, dedicar tempo de qualidade e demonstrar afeto são passos fundamentais para que a criança volte a se sentir protegida. Além disso, ensinar pelo exemplo que o diálogo e o respeito são formas mais saudáveis de resolver diferenças contribui para que ela desenvolva habilidades emocionais que levará para a vida adulta.

Fonte: Portal Minha vida

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