Desde 2012, comemoramos o Dia Nacional da Educação Ambiental em 3 de junho. Esta é
uma ótima oportunidade para se refletir sobre o que tem sido feito até agora e o que
queremos para o futuro.
Embora há muito tempo já houvesse ações para a valorização da natureza, foi somente em
1965 que surgiu o termo “Educação Ambiental” (ou Environmental Education, em inglês),
durante a Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha. A
expressão surgiu a partir das preocupações de numerosos grupos ao redor do mundo sobre
caminhos que a humanidade traçava em relação ao meio ambiente diante de tantas
catástrofes que estavam acontecendo.
Na década de 1970 foram realizadas importantes conferências que trouxeram as bases
para se pensar sobre como deveria ser a Educação Ambiental. Se nos anos anteriores
havia uma tendência em relacionar a “natureza” como algo abstrato a ser protegido de um
modo desconectado de seu contexto histórico, após a Conferência de Estocolmo, de 1972,
passamos a refletir a partir de uma visão globalizante entre as relações do meio ambiente e
da sociedade.
No Brasil, a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA foi criada em 1999.
As leis trazem o entendimento da Educação Ambiental como processo permanente de
construção de valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para
a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade
de vida. Ou seja, essas leis trazem a herança de toda a legislação anterior e dos encontros
internacionais que abordaram as questões relacionadas ao direito ao meio ambiente e a
necessidade da participação popular.
É muito comum a compreensão de que a Educação Ambiental resume-se à informação e
comunicação sobre questões ambientais. É importante ressaltar que estas maneiras fazem
parte dos processos de educação ambiental, mas não são a única maneira de isso
acontecer. É importante aproveitar a CelebrAção desta data para promover o entendimento
de que a Educação Ambiental deve ser compreendida de maneira mais ampla, como um
instrumento da gestão ambiental que, ao trabalhar de maneira integrada com outras
políticas públicas por meio de processos formativos, promove o exercício da cidadania e
melhoria da qualidade de vida para toda a sociedade.