A ideia é conectar os stakeholders do agronegócio e o mercado de crédito, oferecendo dois produtos digitais principais e complementares

Com US$ 500 milhões disponíveis, a Bunge lançou uma fintech, a Fincrop, para facilitar o acesso ao crédito para o  produtor rural, que usará critérios socioambientais como ponto central das análises.

A ideia é conectar os stakeholders do agronegócio e o mercado de crédito, oferecendo dois produtos digitais principais e complementares. O primeiro é um serviço de análise de risco que permite às revendas do ecossistema da Bunge gerenciar sua carteira de clientes. O segundo é uma solução de crédito que facilita a conexão do do produtor rural com o mercado financeiro.

“Com a Fincrop, reafirmamos nosso compromisso de oferecer soluções inovadoras e eficientes para o agronegócio brasileiro, e damos mais um passo estratégico para aumentar o volume de originação em conformidade com nossos compromissos de sustentabilidade”, afirma Florence Shoshany, diretora de Finanças da Bunge.

A iniciativa é baseada na experiência da empresa, que possui relacionamento com mais de 12 mil produtores no País. “Vislumbramos, em toda a cadeia de valor, uma forte demanda por um produto financeiro que conciliasse risco controlado com o componente ESG comprovável e verificável”, diz Florence.

Pilares-foco

A Fincrop irá operar usando três pilares-foco como avaliação:

• A avaliação de crédito será feita por algoritmos de IA, que utilizam machine learning (aprendizado de máquina) para coletar informações de várias fontes, sejam públicas ou privadas, incluindo a Bunge.
• Será realizada uma verificação de práticas sustentáveis por meio da inspeção de dados de monitoramento e rastreamento das propriedades.
• E, por fim, haverá a formalização automatizada e digital de todos os estágios do processo, o que inclui contratos, cédulas de produtos rurais e outros documentos relacionados.

“O projeto é uma das múltiplas iniciativas do processo de transformação digital pelo qual nossa companhia vem passando nos últimos anos visando a modernização de processos inerentes ao setor  e o avanço da agricultura sustentável para o futuro”, diz Braian Souto, gerente sênior de Global Digital Office da Bunge.