BARES E RESTAURANTES GERARAM MAIS DE 170 MIL EMPREGOS EM 2023

Os dados da PNAD Contínua mostram que atualmente o setor emprega cerca de 5,5 milhões de pessoas

Mesmo enfrentando dificuldades para encontrar profissionais especializados, o setor de bares e restaurantes registrou um índice positivo de empregabilidade em 2023. Foram criadas mais de 170 mil vagas de empregos durante o ano, uma taxa de aumento de 3,3%, estimativa acima da média nacional de 0,9%, segundo aponta a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio Contínua (PNAD Contínua).

Com base nos dados da PNAD, atualmente, o setor emprega cerca de 5,5 milhões de pessoas. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), dentro do setor de alojamento e alimentação, bares e restaurantes perfazem 95% do volume de empregos, se aproximando do recorde registrado em 2019, quando havia 5,8 milhões de trabalhadores.

“O saldo no ano é muito positivo, com melhora dos índices e mais gente com poder de compra, o que se reflete nos bares e restaurantes. Foi um ano ainda de recuperação, mas isso já se refletiu nos empregos, prova de que os empresários estão confiantes. É um dos setores que mais emprega no Brasil e precisa de atenção para não perder esse embalo da retomada”, explica Paulo Solmucci, presidente da Abrasel

O setor se encontra otimista devido ao aumento dos empregos em carteira. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, mediu um crescimento de 5,89% no ano passado (índice também acima da média do país, que foi de 3,5%), resultando em um saldo positivo de 72 mil empregos adicionais em bares e restaurantes. Segundo os dados do Caged, mais de 1,3 milhões de pessoas estão atualmente empregadas com carteira assinada no segmento.

Em dezembro, os bares e restaurantes apresentaram um recuo nas contratações, com um saldo de -0,3% na PNAD. No entanto, esses números são melhores do que outros setores, que tiveram queda principalmente nos empregos formais. A agropecuária teve uma redução de 3,02%, a construção caiu 2,85% e a indústria, 1,29% no Caged no mês de dezembro.

“Boa parte destes empregos estão concentrados nas empresas mais estruturadas, que têm no Perse, o programa de recuperação fiscal, um importante ponto de apoio neste momento. Por isso, é preciso sensibilidade para preservar o programa e, por consequência, os empregos”, conclui Solmucci.

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