Santo Amaro da Imperatriz completa 67 anos: águas termais, história imperial e orgulho catarinense

Emancipada em 10 de julho de 1958, a cidade celebra mais de seis décadas de tradição, natureza exuberante e um dos patrimônios termais mais valorizados do Brasil.

Entre montanhas cobertas pela Mata Atlântica e águas que brotam do solo a quase 40 graus, Santo Amaro da Imperatriz chega ao seu 67º aniversário celebrando uma jornada que vai da visita da realeza brasileira à consolidação como destino turístico, ecológico e cultural em Santa Catarina. Um município que preserva a simplicidade do interior, mas carrega um legado que atravessa séculos.

HISTÓRIA: De rota termal imperial à emancipação municipal

As águas quentes da região já eram conhecidas pelos indígenas antes da chegada dos colonizadores. Mas foi em 1813, com a descoberta formal das fontes termais por caçadores, que Santo Amaro entrou no radar nacional. Em 1818, Dom João VI ordenou a construção do primeiro hospital termal do país no local.

A realeza não demorou a aparecer: Dom Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina visitaram a região em 1845, encantados com os poderes medicinais das águas. Anos depois, o nome da cidade renderia homenagem à imperatriz. Após décadas sendo distrito, Santo Amaro se emancipou de Palhoça em 10 de julho de 1958 — data hoje celebrada com orgulho pelos santo-amarenses.

TERMALISMO: A alma quente da cidade

O bairro de Caldas da Imperatriz é símbolo maior da vocação turística da cidade. As fontes de água termais ali atingem cerca de 39°C, com altíssimo teor de enxofre e propriedades terapêuticas reconhecidas até mesmo pela Organização Mundial da Saúde.

Hotéis e pousadas surgiram ao redor das fontes, com destaque para o tradicional Hotel Caldas da Imperatriz (Hidrocaldas) e também para o Plaza Caldas da Imperatriz Resort & SPA. É comum ver visitantes de todas as idades buscando alívio para dores, relaxamento ou apenas o prazer de mergulhar em águas curativas.

NATUREZA: Verde por todos os lados

Com mais de 72% de seu território em áreas de preservação permanente, Santo Amaro é um paraíso para amantes da natureza. O município abriga parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, o maior do estado.

As opções de ecoturismo vão de trilhas até o Pico do Tabuleiro — ponto mais alto da região — ao rafting no rio Cubatão, passando por cachoeiras como a Cobrinha de Ouro e o Rio Vermelho. Também há espaço para o turismo rural, balonismo e voo livre no Morro Queimado.

CULTURA: Fé, música e tradição

A Festa do Divino Espírito Santo é uma das maiores expressões da religiosidade local, com cortejos, cantorias e roupas típicas que atravessam gerações. A Banda Filarmônica Santamarense, com mais de sete décadas, segue emocionando em cada apresentação.

Heranças açorianas e alemãs convivem harmonicamente nas igrejas centenárias, nas festas de bairro e nas mesas fartas com cucas, marrecos recheados e chimias caseiras.

IDENTIDADE: Gente que acolhe

Com cerca de 29 mil habitantes, Santo Amaro preserva o charme de cidade pequena, onde o vizinho é amigo e o visitante é recebido de braços abertos. Seja nas pousadas familiares, nas feirinhas da praça ou nas rodas de chimarrão, o santo-amarense faz da hospitalidade sua marca registrada.

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