PREÇO DA GASOLINA CAIU 11,6% NAS REFINARIAS DA PETROBRAS APÓS FIM DOPPI

Com fim do PPI e nova política de preços, Petrobras contribuiu “decisivamente” para mitigar
o repasse da volatilidade dos combustíveis no mercado interno

Há um ano, a Petrobras anunciava o fim da política de Preço de Paridade de Importação
(PPI). Tratava-se de um compromisso do governo, que durante a campanha prometeu
“abrasileirar” os preços dos combustíveis. Assim, em maio de 2023, apresentou a sua nova
política de preços, baseada nos custos de produção e nas condições de mercado.

Até então, foram mais de seis anos e meio em que vigorou o PPI. Desse modo, os
combustíveis no Brasil eram cotados em dólar, atrelados diretamente ao mercado
internacional. Durante o governo Temer, a variação dos preços dos combustíveis chegou a
ser diária.

Um ano depois, a nova política foi exitosa no sentido de mitigar a volatilidade dos preços
dos combustíveis aos consumidores. Cálculos do Instituto de Estudos Estratégicos de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) apontam que houve redução média de
11,6% nos preços da gasolina praticados pelas refinarias da Petrobras, na comparação com
maio do ano passado. Já os preços do diesel permaneceram praticamente estáveis, com
variação positiva de 0,5% no período.

Por outro lado, entre 2016 e 2022, quando vigorou o PPI, os preços da gasolina e do diesel
tiveram alta de 9,3% e 13,1%, respectivamente. “A Petrobras contribuiu decisivamente para
mitigar o repasse da volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno ao
flexibilizar os parâmetros de sua política comercial, mesmo com a reoneração dos
combustíveis”, afirmou o diretor técnico do Ineep, Mahatma Ramos dos Santos.

Comparação com refinarias privadas

Cálculos do Ineep, revelam também que, quando comparados às refinarias privatizadas,
Mataripe (BA) e Ream (AM), os preços praticados pelas unidades de refino da Petrobras
foram ainda menores: na média de 7,0% no caso da gasolina e de 6,8% no caso do diesel.

“Estes dados revelam que a política de desinvestimentos adotada pela companhia não
contribuiu para redução dos preços, tampouco para ampliação da concorrência e atração de
mais investimentos no setor. De fato, foram criados monopólios privados distanciados das
necessidades nacionais e desses mercados regionais”, disse o diretor do Ineep.

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