PARA FUGIR DA INFLAÇÃO, CONSUMIDOR TROCA PROTEÍNA CARA POR MAIS BARATA

Os itens mais consumidos pelos brasileiros são arroz (77,6%) e feijão (64,8%)

O aumento da inflação fez com que as proteínas mais caras perdessem espaço na mesa do brasileiro. Enquanto o consumo da carne bovina caiu 2,9 pontos percentuais, houve alta na procura por proteínas mais baratas, como salsicha (2,7 p.p.) e carne de porco (1,5 p.p.).

Os dados fazem parte do estudo “Appetite for Growth”, da Kantar, feito com consumidores do Brasil, Espanha, França, México e Reino Unido durante o terceiro trimestre de 2022

Segundo o estudo, no almoço, os três itens mais consumidos pelos brasileiros são arroz (presente em 77,6% das ocasiões), feijão (64,8%) e óleo (50,4%). No México, o ranking é formado por vegetais (51,4%), especiarias (51,2%) e a combinação de cebola e alho (49,6%).

Os lanches entre as refeições são vistos pelos brasileiros como um hábito saudável, enquanto os mexicanos enxergam a ocasião como indulgência.

Momentos de consumo

Para ter uma visão ainda mais aprofundada dessas diferenças, a pesquisa usou o conceito de “momentos de demanda para o consumo”, que foram desmembrados em 4 cenários: nutrição diária, restauração & reabastecimento, tempo juntos, e descontração e relaxamento.

O relatório aponta que as ações das pessoas são influenciadas pelo coração (priorizar a relação emocional com o produto ou racional) e estômago (saciar a fome ou cozinhar por prazer).

No Brasil (30%) e no México (43%), a nutrição diária é a mais relevante. Enquanto os brasileiros (16%) preferem uma refeição nutritiva, rápida e fácil para começar o dia ou manter o ritmo da família, os mexicanos priorizam refeições semanais práticas e partilhadas por toda a família (27%).

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