O impacto do plástico nos oceanos: um problema que chega até o corpo humano

plástico nos oceanos
Por: Mayara Leite – Redatora Seo On

Meio Ambiente – O copo do café, a colherzinha do lanche rápido, a sacola do delivery. Objetos tão comuns na rotina carregam um destino preocupante: muitos deles acabam nos oceanos. O plástico, material que transformou o consumo global, pode levar séculos para se decompor e, nesse processo, libera partículas invisíveis que afetam a vida marinha e a saúde humana.

Brasil entre os maiores poluidores de plástico no oceano

Segundo dados da ONU, o Brasil despeja anualmente cerca de 3,44 milhões de toneladas de plástico nos oceanos. Essa poluição não desaparece: ao longo de centenas de anos, o material vai se fragmentando em micropartículas que contaminam a água e os animais, chegando à mesa das pessoas.

Pesquisas já detectaram microplásticos em órgãos humanos como cérebro, pulmão e até no esperma, o que acende alertas de risco para a saúde, embora os efeitos a longo prazo ainda sejam investigados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O impacto na vida marinha

O lixo plástico é uma das principais ameaças aos ecossistemas aquáticos. Animais como tartarugas, golfinhos e peixes sofrem ao ingerir resíduos ou ficarem presos neles. Casos recentes, como o de uma toninha encontrada com um lacre plástico que a impedia de se alimentar, revelam o quanto a contaminação compromete a sobrevivência das espécies.

Dá para limpar os oceanos?

Projetos como o Ocean Cleanup, criado por um jovem holandês, já retiram plástico de áreas críticas com o objetivo ousado de reduzir até 80% do lixo oceânico até 2030. No entanto, especialistas destacam que não basta limpar: é urgente frear a produção e o descarte contínuo de plásticos.

O que pode ser feito para reduzir o problema?

Empresas, governos e consumidores têm responsabilidades distintas nesse cenário:

  • Empresas precisam repensar embalagens e adotar alternativas sustentáveis.
  • Governos devem implementar leis mais rígidas de controle e responsabilização.
  • Consumidores podem diminuir o uso de descartáveis no cotidiano, optando por reutilizáveis.

Veja também: O maior iceberg do mundo está se desintegrando na costa da Antártida

Quanto tempo leva para cada resíduo se decompor?

  • Saco plástico: 20 anos
  • Copo de isopor: 50 anos
  • Canudo: 200 anos
  • Garrafa plástica: 450 anos
  • Fralda descartável: 450 anos

Uma mudança de hábitos para salvar os oceanos

Reduzir o consumo de descartáveis e investir em políticas de reciclagem eficazes são passos essenciais para conter uma crise que já impacta ecossistemas e ameaça a saúde humana. O destino do plástico que usamos no dia a dia pode parecer distante, mas, cedo ou tarde, ele retorna — seja no mar, no prato ou no corpo.

Fonte: Portal G1

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