Por: Mayara Leite – Redatora Seo On
Florianópolis – Um assassinato em plena luz do dia voltou a expor a violência ligada ao crime organizado em Santa Catarina. Na tarde desta segunda-feira (1º), Filipi da Silva Venâncio, de 28 anos, foi executado a tiros no bairro Bela Vista, em Palhoça, na Grande Florianópolis. A ação chamou atenção pela frieza dos criminosos, que atacaram diante de testemunhas e da própria esposa da vítima.
Execução em frente a condomínio movimenta bairro
De acordo com a Polícia Militar, Filipi havia acabado de estacionar o carro junto da companheira para receber uma entrega de delivery quando foi surpreendido. Um Renault Kwid cinza parou ao lado e três homens encapuzados e armados desceram do veículo. Sem dar chance de reação, eles abriram fogo contra o rapaz.
Mesmo ferido, Filipi tentou correr, atravessou a rua e se refugiou em uma área de mata. No entanto, foi perseguido, atingido por novos disparos e caiu no chão, morrendo antes da chegada do Samu. Testemunhas relataram que os tiros foram tantos que era impossível contar. Em meio à ação, um dos suspeitos ainda insultou a esposa da vítima, gritando ofensas.
Carro da fuga é encontrado com munições deflagradas
Após a execução, os criminosos fugiram no mesmo veículo. Horas depois, o carro foi localizado abandonado no bairro Caminho Novo. No interior do Kwid, policiais encontraram estojos de munições deflagradas, reforçando a brutalidade do ataque.
Investigação aponta ligação com facção criminosa
Segundo a inteligência da Polícia Militar, Filipi tinha envolvimento com a facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). As autoridades acreditam que ele estava “decretado”, ou seja, tinha sua morte ordenada pelo grupo. Essa é, até o momento, a principal linha de investigação sobre o caso.
A Polícia Civil de Palhoça foi acionada e seguirá à frente das apurações. O crime reacende o debate sobre a ousadia de facções criminosas em Santa Catarina e a dificuldade das forças de segurança em conter execuções sumárias em locais públicos.
Fonte: Polícia Civil