Além do estado, pesquisadores também acharam a linhagem em amostras analisadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, segundo comunicado divulgado na sexta-feira.
Uma linhagem do vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, foi detectada em Santa Catarina. Chamada de XEC, ela pertence à variante Omicron e, conforme o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), dados internacionais indicaram que possui maior transmissibilidade.
Além do estado, pesquisadores também acharam a variante no Rio de Janeiro e em São Paulo, segundo comunicado divulgado na última sexta-feira (11). Em nota, a Secretaria de Saúde (SES) afirmou que monitora o assunto e afirmou que a vacinação é a principal medida de prevenção.
A identificação inicial aconteceu pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC. O órgão atua como referência para Sars-CoV-2 junto ao Ministério da Saúde e à Organização Mundial da Saúde (OMS).
O primeiro achado foi feito pela Fiocruz, em amostras de dois pacientes do Rio de Janeiro, diagnosticados com Covid-19 em setembro. As sequências genéticas decodificadas foram depositadas em uma plataforma on-line em 26 de setembro e 7 de outubro.
Depois delas, também foram depositados, por outros grupos de pesquisadores, genomas da linhagem XEC decodificados em São Paulo, a partir de amostras coletadas em agosto.
No caso das duas amostras de pacientes de Santa Catarina, as coletas aconteceram em setembro. As pacientes eram duas mulheres, de 85 e 34 anos, ambas da cidade de Jaraguá do Sul, no norte do estado.
Elas chegaram a ser internadas em um hospital da região por apresentarem sintomas como febre, tosse, coriza e por terem comorbidades.
Variante
A XEC foi classificada pela OMS como uma variante sob monitoramento em 24 de setembro. Conforme a Fiocruz, o termo é usado para tratar de uma linhagem que apresenta mutações no genoma.
A variante começou a chamar atenção entre junho e julho de 2024, devido ao aumento de detecções na Alemanha. Rapidamente, se espalhou pela Europa, Américas, Ásia e Oceania.
Pelo menos 35 países identificaram a cepa, que soma mais de 2,4 mil sequências genéticas depositadas na plataforma Gisaid até o dia 10 de outubro deste ano.