A classe C foi a única que ainda não recuperou os patamares pré-pandemia e a que mais reduziu volume de compra
Apesar de perderem poder de compra nos últimos dois anos, principalmente por conta da inflação, os brasileiros puxaram o consumo na América Latina no último ano. Segundo o relatório Consumer Insights, da Kantar, a aquisição de bens de consumo massivos no País cresceu 2,7%, em 2022.
E esse crescimento foi puxado principalmente pelos consumidores das classes D e E, com alta de 5,2% em número de unidades, em 2022, em relação a 2021. Entre os consumidores das classes A e B, o crescimento foi de 3,1%.
Única que ainda não recuperou os patamares pré-pandemia e a que mais reduziu volume durante a pandemia, a classe C teve um crescimento de 1,8% em unidades consumidas.
Outros países
O levantamento foi feito com 35 mil consumidores da América Latina entre janeiro e dezembro de 2022: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru. Para comparar realidades diferentes, os países foram divididos em grupos, de acordo com a expectativa econômica de cada um.
Brasil, México e Peru se mostraram os mais resilientes, uma vez que a inflação em 2022 não passou de 5% acima da média dos últimos cinco anos.
O grupo que tem o Equador como maior representante, mas também conta com América Central e Bolívia, e que costuma registrar níveis mais baixos por conta da dolarização, teve taxas bastante disruptivas no último ano, chegando a 4%.
Já Argentina, Colômbia e Chile apresentaram inflação 10% (ou até mais) acima das médias históricas, colocando os consumidores sob pressão.
Além do Brasil, que teve crescimento de 2,7%, houve crescimento de 1,9% no volume de compras feitas no México. Os demais países tiveram retração igual ou superior a 3% em relação a 2021.