A Revista Forbes elegeu o Brasil como o melhor país do mundo para se fazer ecoturismo. No “Índice de Ecoturismo”, que ranqueia os países com base na avaliação da biodiversidade, quantidade de atrativos naturais e parques reconhecidos pela Unesco, e na sustentabilidade destes destinos, composto por 50 países, o Brasil recebeu a elevada pontuação de 94,9/100, bem à frente do México, que ficou na segunda colocação com 86 pontos.
De acordo com a Forbes, o Brasil foi o país com maior biodiversidade entre todos os destinos pesquisados, “com mais de 43 mil espécies de animais e plantas diversas”. O ranking ainda ressalta que “30% do território brasileiro está protegido” e que o Brasil possui oito sítios com título de patrimônio mundial natural da Unesco.
A plataforma cita como exemplo o Complexo de Conservação da Amazônia Central, no estado do Amazonas, que possui mais de seis milhões de hectares e é uma das regiões mais ricas do planeta em biodiversidade. É um local que “protege espécies ameaçadas, como o peixe-boi da Amazônia e o jacaré-açu”, afirmou o levantamento.
“Em pouco tempo, conseguimos reconstruir a imagem de nosso país e o noticiário sobre o Brasil no mundo mudou. Saímos do lugar de ameaça da humanidade por agredir nossas florestas e nossa biodiversidade, e passamos a ser vistos como o país mais desejado, que o mundo quer conhecer e fazer parte dessa transformação, contribuindo com a sustentabilidade de nossa natureza através do turismo”, destacou Marcelo Freixo, presidente da Embratur.
Na atual gestão, a Embratur reatou laços com a maior associação de ecoturismo e turismo de aventura do mundo, a ATTA (Adventure Travel Trade Association) – o Brasil havia sido suspenso dessa entidade nos últimos anos devido ao aumento do desmatamento. Em setembro, a Embratur participa do congresso Adventure Travel World Summit, no Japão. O Brasil também conquistou a sede do congresso mundial da International Organization for Standardization (ISO) focado nas atividades de turismo, que será realizado em 2025 no Rio de Janeiro.
“As portas voltaram a se abrir para o Brasil. Estamos recuperando o tempo perdido, trabalhando para garantir que o turista estrangeiro consiga vir. Não adianta desejar conhecer nossas florestas se não tiver voo direto e pacote na agência. Esse turista precisa vir e ser bem recebido, viver essa experiência única que é conhecer nossa natureza, e voltar com o sentimento de que, com sua visita, também faz parte da solução para a conservação e restauração de nossas florestas”, completou Freixo.AVALIAÇÃO – A avaliação segue rígidos critérios. Além do número de espécies animais e vegetais, o número de espécies protegidas, o número de sítios patrimônios da Unesco, também são consideradas as emissões de gás carbônico e a qualidade do ar, entre outros pontos. O Brasil possui 23 cidades históricas, sítios e monumentos históricos reconhecidos pela Unesco como patrimônio mundial da humanidade. Desses, sete são naturais, 15 culturais e um misto (natural e cultural).