APLICATIVO MAPEIA ESTABELECIMENTOS INCLUSIVOS PARA PESSOAS LGBTQIA+

Solução foi criada para atender a uma dor comum entre a comunidade, que é a insegurança em frequentar espaços novos

Utilizando como base o mapeamento de estabelecimentos do Google, a Nohs Somos, startup acelerada no InovAtiva de Impacto Socioambiental em 2020, desenvolveu uma plataforma que permite aos usuários compartilhar avaliações sobre os locais que visitaram. Quando um estabelecimento recebe dez avaliações positivas, ele é reconhecido com um selo nas cores da bandeira LGBTQIA+ que atesta sua postura amigável.

Essa solução foi criada para atender a uma dor comum entre a comunidade LGBT+, que é a insegurança em frequentar espaços novos, devido ao risco de sofrer LGBT+fobia. Além disso, a startup também oferece serviços de consultoria de inclusão para empresas de todos os segmentos.

“É muito triste perceber que existem lugares onde nossa presença é minimizada, desrespeitada ou até mesmo rejeitada. Muitas vezes, somos vítimas de LGBT+fobia e nós mesmos temos que nos retirar dos estabelecimentos, não quem a cometeu”, explica Jô Raposo, coordenador de Marketing da Nohs Somos.

A iniciativa visa acompanhar as interseccionalidades dos consumidores. Sendo assim, a startup oferece um treinamento gratuito para os estabelecimentos que se inscreverem na plataforma, os quais são baseados em selos como “transamigue” e “antirracista”, apresentados no Mapa de Respeito.

Estatísticas

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), aproximadamente 20 milhões de brasileiros se identificam como LGBTQIA+.

Desde 2018, mais de 92% dessas pessoas informaram um aumento na violência contra a comunidade, de acordo com uma pesquisa realizada pela organização Mídia e Gênero, em parceria com a Fundação Ford. Cerca de 51% relataram já ter sofrido algum tipo de violência motivada pela LGBT+fobia.

Dentre essas ocorrências, 94% afirmaram ter sofrido violência verbal, enquanto 13% alegam ter sido vítimas também de violência física.

“Enquanto pessoas LGBTQIAPN+, nem todos os espaços são construídos com a intenção de nos acolher e nos fazer sentir bem-vindes”, afirma Raposo.

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