Por: Mayara Leite – Redatora Seo On
Esporte – O Brasil viveu uma noite amarga nesta terça-feira (9) em El Alto, na Bolívia. A derrota por 1 a 0 para os bolivianos não apenas encerrou a participação da Seleção nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, mas também selou a pior colocação do país na história da competição: o quinto lugar.
Com oito vitórias, quatro empates e seis derrotas, a equipe terminou a campanha com 28 pontos, atrás de Argentina, Uruguai, Colômbia e Equador. No antigo regulamento da FIFA, quando apenas quatro seleções da América do Sul se classificavam de forma direta, o Brasil teria assegurado apenas uma vaga na repescagem intercontinental, correndo risco de ficar fora de um Mundial pela primeira vez.
Campanha abaixo das expectativas
O desempenho da Seleção comandada por Carlo Ancelotti foi marcado por altos e baixos. O time sofreu seis derrotas, igualando o pior retrospecto registrado em 2002, mas com uma pontuação inferior. Entre os tropeços mais dolorosos, ficou para a história a primeira derrota do Brasil como mandante em Eliminatórias: 1 a 0 diante da Argentina, no Maracanã, em novembro de 2023.
Além da derrota para os argentinos, o Brasil também foi superado por Uruguai, Colômbia, Paraguai e novamente pela Argentina em Buenos Aires, antes de cair para a Bolívia na altitude de El Alto. No total, foram 24 gols marcados e 17 sofridos, números que refletem a oscilação ofensiva e defensiva da equipe.
Comparações históricas e alerta futuro
Até então, a pior campanha do Brasil havia sido em 2002, quando a Seleção ficou em terceiro lugar com 30 pontos, mas ainda assim conseguiu se classificar diretamente e acabou conquistando o título mundial na Coreia do Sul e no Japão. Desta vez, o alerta é maior, já que a equipe mostrou dificuldades para se impor mesmo contra adversários de menor expressão.
Apesar da classificação assegurada pelo novo formato da FIFA, que ampliou o número de vagas para a Copa do Mundo de 32 para 48 seleções, o quinto lugar serve de sinal de alerta para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A pressão aumenta sobre Carlo Ancelotti, que terá pouco tempo para ajustar o time antes da disputa do torneio em 2026.
O desafio que vem pela frente
O resultado final reforça a necessidade de renovação e de reencontro com o futebol que consolidou a Seleção como a maior campeã do mundo. Com a base atual em xeque, os próximos meses serão decisivos para definir se o Brasil chegará ao Mundial preparado para disputar o título ou se viverá novas decepções.
Fonte: Portal CNN
