Considerando apenas o mês de junho, foram exportadas 4,6 mil toneladas de ovos do Brasil
A exportação brasileira de ovos (considerando produtos in natura e industrializados) cresceu 150% no primeiro semestre, em comparação com igual período de 2022, aumentando de 6,6 mil t para 16,6 mil t entre os dois períodos, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A receita cambial totalizou US$ 41,2 milhões, resultado 222,4% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2022, com US$ 12,8 milhões.
Conforme comunicado da ABPA, considerando apenas o mês de junho, foram exportadas 4,6 mil toneladas de ovos do Brasil, volume 901,1% superior ao registrado em 2022, com 469 toneladas. Em receita, a alta é de 608,6% no período, com US$ 11,6 milhões no sexto mês deste ano, contra US$ 1,6 milhão no mesmo período do ano anterior.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse na nota que “registramos em 2023 o melhor semestre dos últimos dez anos, com a expectativa de alcançar um novo patamar nas exportações de ovos do Brasil em 2023, graças à média registrada nos últimos três meses, acima de 4 mil toneladas mensais. Os volumes embarcados entre abril e junho estabeleceram o melhor trimestre já registrado pelo setor. Embora não cause impacto na oferta interna de ovos, já que representa menos de 1% da produção, as vendas internacionais se consolidaram como uma importante fonte de receita para as empresas do setor frente aos desafios gerados pelos custos de produção ao longo dos últimos tempos”.
Entre os principais destinos das exportações, o Japão aparece como principal importador, com 6,9 mil toneladas importadas entre janeiro e junho deste ano, resultado 1.304% superior ao registrado no mesmo período de 2022. Em seguida aparece Taiwan, com 5,4 mil toneladas (no ano anterior, não houve embarque de produtos para o destino asiático).
O diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua, acrescentou que “a recente suspensão do Japão aos produtos avícolas de Santa Catarina não deve gerar impactos às vendas de ovos do Brasil. Em todo o primeiro semestre, menos de 0,2 toneladas do produto de Santa Catarina foram embarcadas para o destino asiático”.